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sábado, julho 15, 2006

Aviação

Continuação
Esses números foram discutidos ontem durante reunião de credores com a direção da companhia. A reunião foi realizada para esclarecer as modificações no plano original de recuperação judicial. As mudanças são uma adaptação do plano à única proposta feita pela Varig até agora. A oferta foi feita pela VarigLog, ex-subsidiária da companhia. As mudanças serão discutidas no fim de semana em encontros de credores e representantes da Varig.
As reuniões são uma preparação para a assembléia que será realizada segunda-feira. As modificações terão de ser avaliadas no encontro porque a oferta da VarigLog é diferente do plano original de reestruturação aprovado pelos credores no dia 9 de maio. “Os credores estatais devem aprovar o plano. Já as arrendadoras de avião devem votar contra”, diz um representante de um grupo de credores privados, que pediu para não ser identificado. De acordo com esse representante de credores, o plano da VarigLog é ter mais 10 aviões em até 50 dias após uma eventual homologação da oferta, totalizando uma frota de 23 aeronaves. Com isso, estão previstas recontratações de funcionários que forem demitidos. No novo plano de recuperação judicial, a Fundação Ruben Berta (FRB), acionista majoritária da Varig com 87% do capital, vai transferir sua participação para a Varig antiga. No plano de reestruturação original, a FRB, tida como a principal responsável pela crise da empresa, teria sua participação acionária reduzida para 5%, por meio de um fundo de investimento. A fundação foi afastada do controle administrativo da Varig em dezembro de 2005, pela Justiça do Rio. Credores se queixaram durante o encontro para a apresentação do novo plano que a Varig antiga ficaria nas mãos da fundação. Para contornar esse problema, uma das possibilidades em estudo é manutenção do regime de administração judicial na Varig antiga por dois anos.
A Varig antiga terá a concessão de uma rota da Nordeste (ida e volta do vôo Congonhas-Porto Seguro); um centro de treinamento de pilotos; fretamento de aeronaves e imóveis, avaliados em torno de R$ 130 milhões. Mas, segundo fontes ligadas ao negócio, parte dos imóveis da Varig já teria sido dada como garantia à União.

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