Programa Cicloviário de Ubatuba pode ter abordagem regional
A adaptação das rodovias SP-55 e BR-101, de São Sebastião a Ubatuba, para o uso seguro da bicicleta fará com que o Programa Cicloviário se estenda regionalmente
De acordo com o arquiteto urbanista Sérgio Bianco, autor do projeto para o Programa Cicloviário de Ubatuba, é necessário que haja uma abordagem regional para a ideal instituição do programa. Sérgio Bianco se refere à integração das cidades do Litoral Norte para que se forme um verdadeiro “corredor cicloturístico”, que abranja desde São Sebastião até o limite de Ubatuba com o estado do Rio de Janeiro. Para que se viabilize o uso da bicicleta como meio de transportes seguro e confortável, segundo o arquiteto, é necessário que esta tenha seu lugar no sistema viário, com ciclovias, ciclofaixas, circulação partilhada, bicicletários, paraciclos, sinalização e identificação. Deve haver também uma mudança no que diz respeito à imagem do ciclista como indutor de novos comportamentos na questão da mobilidade. Ainda referindo-se à regionalização do Programa Cicloviário, para Sérgio Bianco somente a abordagem regional vai atingir a força política necessária, desde que assumida pelas Prefeituras, gerando sinergias que possibilitem equacionar os problemas comuns a todas as cidades da região.
Vantagens
Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba possuem, juntas, uma população de 272 mil habitantes e a possibilidade de união entre os municípios permite enfrentar problemas como a solicitação de linhas de financiamento junto aos governos estadual e federal, estabelecimento de parcerias público-privadas, desenvolvimento de campanha publicitária comum a todos os municípios, formação de agentes multiplicadores para o treinamento do ciclista nos conceitos de pilotagem defensiva e, principalmente gerar um grande projeto para adequar a BR 101 ao uso seguro da bicicleta.
Para a vice-presidente da Federação Paulista de Ciclismo, Sônia Molina, que desenvolve há dez anos em Ubatuba o incentivo à competições e trabalhos de educação, a consciência que Ubatuba teve ao desenvolver um Programa Cicloviário, levando educação aos ciclistas, é “fantástica e vai ao encontro a tudo o que sempre idealizamos. O ideal é que as pessoas tenham condições de utilizar suas bikes em toda a orla do litoral, pois o ciclismo é um esporte sem contra-indicações e ainda por cima não gera poluição, já que motor da bicicleta é o nosso coração”, disse Sônia que também é presidente da Liga Valeparaibana de Ciclismo. PMU
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