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sexta-feira, maio 12, 2006

Dia de definir

Continuação
E enquanto o PMDB não decidir que rumo vai tomar, a campanha eleitoral não sai do lugar.
O grande embate será entre os partidários da candidatura própria, liderados pelo ex-governador Anthony Garotinho, e os partidários de um PMDB livre para decidir se aceita a aliança com outros partidos ou se pura e simplesmente não tem candidato nem a presidente nem a vice.
Esta tendência está unindo os governistas, que querem uma aliança com o PT, e vários oposicionistas, que querem uma aliança com o PSDB ou mesmo aliança nenhuma, para que o partido possa se dedicar aos arranjos estaduais.
Com isso, o PMDB pode eleger um bom número de governadores e uma bancada robusta na Câmara. Isto obriga o próximo presidente da República, seja ele quem for, a buscar uma aliança com os peemedebistas.
Mas não é simples derrotar a tese da candidatura própria. A convenção de dezembro de 2004 decidiu que o PMDB teria candidato à presidência da República. E decidiu ainda que qualquer mudança deveria ser aprovada por dois terços.
Os partidários da candidatura própria entendem que são dois terços de todos os delegados do PMDB: 484 dos 726 votantes.
Mas o deputado Geddel Vieira Lima sustenta que são dois terços dos presentes, ou seja, um quórum bem mais baixo. E quem não gostar, que vá reclamar na Justiça. Mas aí, Inês é morta.
Outra tese que também pretende matar a candidatura própria é defendida pelo deputado Jader Barbalho e foi encampada pelo senador Renan Calheiros. Segundo Jader, o estatuto do PMDB determina que uma decisão de convenção pode, sim, ser alterada em convenção seguinte por maioria simples. E quem não gostar, que vá reclamar na Justiça. Mas aí, Inês também é morta.
Com tantos coveiros dispostos a enterrar a candidatura própria, é difícil que ela saia vitoriosa amanhã.
Uma coisa, porém, é certa: é altíssima a chance de tudo descambar para grossa pancadaria.
É como têm terminado as últimas convenções do PMDB. E nada indica que desta vez a coisa vá ser diferente."


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