Continuação
Na segunda-feira, a assembléia de credores da Varig deverá confirmar a aceitação da proposta do governo, de dividir a Varig em duas empresas, uma doméstica, que posteriormente irá a leilão, e outra, internacional, que permaneceria com as dívidas e em recuperação judicial.O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, explicou detalhes do plano aos principais credores. Segundo Gomes, com a proposta aprovada, o BNDES deverá anunciar já na terça-feira o detalhamento do empréstimo-ponte à Varig. O financiamento, estimado em US$ 100 milhões (equivalente a 15% do valor mínimo da parte brasileira da Varig que vai a leilão) será concedido a um investidor, que será intermediário e garantidor e irá repassar os recursos à companhia para capital de giro.O leilão acontecerá 60 dias após a aprovação do plano e o lance mínimo será de US$ 700 milhões. Ainda de acordo com Gomes, a Anac pré-qualificou 27 empresas para o leilão, cujo data room deverá acontecer em um mês. Segundo fontes, TAM, Gol, BRA, Ocean Air, Trip e Webjet estão entre as escolhidas. TAM e Gol não confirmam, mas o presidente da Ocean Air, Carlos Ebner, afirmou que tem interesse em participar do leilão. Fundos também poderão participar do consórcio com empresas aéreas.Enquanto os credores estavam reunidos, a VarigLog retirava sua proposta, alegando que irá se concentrar nas atividades de logística. Segundo fontes, a empresa já antecipou US$ 80 milhões em recebíveis à Varig. Outra reviravolta poderá marcar a assembléia. Fontes ligadas ao consultor Jayme Toscano informaram que está marcado para hoje encontro com o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) para costurar uma proposta única. O coordenador do TGV, Marcio Marsilac, no entanto, disse que não há encontro agendado. Ontem, o TGV reuniu cerca de 200 pessoas numa manifestação em frente à Câmara de Vereadores do Rio.Ao fim da reunião com a Alvarez & Marsal, a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, disse que dificilmente a proposta de divisão será rejeitada.
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